13 de out. de 2009

UM SÁBADO NA FENACHAMP


Para quem gosta de espumante e quer aumentar suas experiências degustativas, uma oportunidade imperdível é a visita a Fenachamp, a Festa do Espumante, que acontece até o dia 25 de outubro, em Garibaldi, na Serra Gaúcha.

Em um ambiente bastante agradável, é possível sentar-se confortavelmente e degustar espumantes variados de mais de 20 vinícolas, pagando em torno de R$4,00 a R$5,00 a taça, ou dividir uma garrafa com amigos, a preços médios de R$20,00. Ou seja, espumantes de grande qualidade, a preço de supermercado, com a diferença de poder usufruí-los em um ambiente requintado e ainda beliscando algum petisco que pode ser pedido em stands próximos.

A recomendação que se faz para quem está buscando ampliar seu leque de opções de degustação é deixar de lado as marcas mais conhecidas das grandes vinícolas e incursionar pelos stands das pequenas ou novas vinícolas, cujos rótulos dificilmente serão encontrados em pontos de venda usuais, ou mesmo fora da sua região de produção. Algumas vezes eles estarão depois apenas em alguns caros restaurantes de centros maiores.

Portanto, a ordem é garimpar, conversando com o pessoal de atendimento, que às vezes são os próprios produtores ou seus familiares. É a grande chance de descobrir espumantes muito bem elaborados e de excelente custo-benefício. Dentre os inúmeros espumantes de qualidade presentes na festa, destaco o Pedrucci Brut e o Pedrucci Brut Rosé, elaborados pelo método Charmat. Ambos surpreendem pelo frescor, pelos aromas delicados e perlage de bolhas finas e de longa persistência. Confira também o stand das microchampanharias da Associação dos Vinicultores de Garibaldi (Aviga).

Ao longo do dia, o pavilhão da Fenachamp ainda é palco para apresentações musicais de grupos locais, não necessariamente profissionalizados, mas que são expressões da cultura urbana e rural local e dos esforços de integração comunitária. Assim, idosos do coletivo "Vivere Bene" emocionaram os visitantes com performances de baile de máscaras medieval e do espetáculo "New York, New York". Não falo aqui dos shows de grupos ancorados na mídia, trazidos para atrair multidões à festa, mas daquilo que é genuína construção da criatividade local.

















Na parte externa, próximo a entrada onde foi montada a Vila Típica Italiana, há venda de
artesanato e produtos regionais. No casarão onde funciona a cozinha colonial, é possível ver como se fazia, no passado,o pão, a cuca e massas doces no forno a lenha.









Entre as tendas, também encontramos em um coreto,o duo Olímpia e Elisete, cantando tristonhas e antigas canções regionalistas e gauchescas, ao som de um surrado acordeão, manejado por Olímpia. A falta de aplausos não desanimava a dupla, Olímpia até se encorajou a mostrar composições suas, de amores desfeitos e partidas inesperadas. Ela é a "gaúcha da gaita" na emissora de rádio local. Lá pelas tantas, na tarde quente, alguém mandou uma taça de espumante a Olímpia...