30 de dez. de 2010

2011 ABRE NOVA TRAJETÓRIA PARA O VINHO BRASILEIRO


Uma vindima que promete

O desenvolvimento das videiras e da uva mostravam, em meados de dezembro, que a vindima de 2011 poderá ser uma das melhores dos últimos anos.

Para a viticultura brasileira, o final de 2010 também será marcado por uma grande virada negocial, puxada pelo vinho espumante, cujo crescimento em vendas chegará a 20% em relação a 2009. Um espetáculo, com a perspectiva de 13 milhões de litros comercializados.

Finalmente o brasileiro está se rendendo ao espumante nacional, que já demonstrou sua qualidade em inúmeros certames internacionais e que tem a seu favor o preço acessível, especialmente quando se fala do moscatel.

A bebida conquistou um espaço importante no cotidiano do brasileiro, que já não se limita mais ao consumo sazonal das festas de fim de ano.
 
Beber um espumante associou-se à uma consignação de importância e gratificação à vários momentos do dia-a-dia no convívio entre as pessoas, tanto nas famílias quanto no mundo do trabalho.


Quanto ao vinho tranquilo nacional, ainda há um  longo caminho a percorrer, que exige, entre outras providências:
  • Vencer a capacidade das empresas argentinas e chilenas em colocar no país grandes quantidades de vinho ordinário a preços menores que R$10,00 a garrafa;
  • Produzir em escala no segmento de vinhos básicos de varietais européias que possam se contrapor aos estrangeiros de baixo preço;
  • Lançar campanhas de massa de educação para a cultura do vinho, a fim de que progressivamente seja diminuído o interesse por vinhos das variedades americanas ("da colonia"), e outras variantes, de baixo preço e escassa qualidade;
  • Reconhecer a vocação brasileira condicionada pela geografia e clima (terroir brasileiro) e parar de querer imitar a produção de outros países; educar os "educadores" (comentaristas de vinho) para que o preconceito seja superado;
  • Aumentar a aposta na diversidade, tipificando vinhos das várias regiões produtoras no Rio Grande do Sul e no Brasil;
  • Estimular a diferenciação e a qualificação das produções regionais, através de mecanismos de autocontrole visando alcançar padrões de qualidade como Indicações Geográficas.
  • E não é tudo... Há muito mais a fazer.

8 de dez. de 2010

NASCE UMA NOVA REGIÃO PRODUTORA DE VINHO NO RIO GRANDE DO SUL

A vitivinicultura fincou pé em uma nova região do Rio Grande do Sul. O cultivo da uva na área é recente, menos de 10 anos, mas a região do Alto Uruguai, no norte do estado, já mostrou que tem um diferencial. 

As características geoclimáticas distintas das demais permitem uma safra antecipada em até dois meses, o que prenuncia uma interessante vantagem competitiva para a produção local. 

O vinho e as videiras devem abrir novas oportunidades para o turismo da região, já conhecido pelos roteiros das pedras preciosas (Ametista do Sul) e o Salto de Yacumã. 

Em breve os produtos da região deverão estampar os selos "Vinhos do Alto Uruguai", "Espumantes do Alto Uruguai" e ""Sucos do Alto Uruguai" e a marca da associação formada pelos vitivinicultores.


Em março de 2010 nasceu a Rede de Vinícolas do Alto Uruguai, integrada por 12 pequenas empresas produtoras de vinhos e sucos de uva da região, distribuídas entre os municípios de Sarandi, Barra Funda, Rondinha, Três Palmeiras, Ametista do Sul, Alpestre e Planalto.

Em conjunto, elas são responsáveis pelo cultivo de 140 hectares de videiras para vinhos de mesa e sucos e vinhos finos e espumantes, com os varietais cabernet sauvignon, tannat, touriga nacional, ancelota, moscato e chardonnay. 
Paisagem da região/Alpestre/Prefeitura Municipal/Divulgação

A associação busca a qualificação gerencial e de produtos, acesso a novas tecnologias e abertura de novos mercados.O empreendimento é fruto de parceria entre a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai (URI), campus de Frederico Westphalen, e a Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais do Estado do RS (Sedai), através do programa Redes de Cooperação.

Entre as ações já implementadas estão a criação da marca de identidade regional e material  publicitário,  capacitação inicial em marketing e parcerias para análise de produtos com a Universidade Regional.

Dia 10, em Três Palmeiras, na sede da Vinícola Antônio Dias, será lançado o Projeto Vinhos do Alto Uruguai e Sucos do Alto Uruguai. A Rede de Vinícolas busca crescer e se fortalecer apostando nas parcerias com entidades público-privadas. E também já visualiza conseguir num futuro próximo, a indicação de procedência, o que consolidará a região como produtora de vinhos, sucos e espumantes.
 
No campo do turismo, a região conta com uma atração inédita: se em Champagne, na França, os vinhos repousam em caves subterrâneas escavadas na rocha de calcário, no município de Ametista alguns vinicultores estão usando galerias de minas abandonadas para a guarda do produto, que deve se beneficiar da baixa temperatura do ambiente.
Vinhos em galerias de minas desativadas/URI/Divulgação

Associados da Rede de Vinícolas:
  • Vinhos Finos Antônio Dias - Três Palmeiras
  • Sucos Tedesco - Rondinha
  • Vinícola Dom Gentil - Barra Funda
  • Sucos Tolotti - Barra Funda
  • Vinhos Vizini - Sarandi
  • Sucos Vitis - Sarandi
  • Sucos Carbonari - Sarandi
  • Aghata Vinhos Finos - Ametista do Sul
  • Cooperametista - Ametista do Sul
  • Cooper Bom Pastor - Planalto
  • Vinhos Cave de Cristal - Planalto
  • Vinhos Menzen - Alpestre

28 de nov. de 2010

ARGENTINA DECLARA O VINHO COMO "BEBIDA NACIONAL"

Assinatura do decreto/Corporación Vitivinícola Argentina/divulgação
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner assinou na quarta-feira, dia 24 de novembro, o decreto que declara o vinho a bebida nacional do país. "O vinho é um elemento básico da identidade e da cultura argentina", diz o documento.

Em pronunciamento, a presidente destacou que a vitivinicultura argentina tem cinco séculos de história,  conseguindo integrar a tradição dos imigrantes europeus com os saberes dos povos originários. Referiu também que as ótimas condições de solo e clima favoreceram o desenvolvimento e aperfeiçoamento da atividade, com grande importância na vida econômica das províncias do oeste argentino e reflexos em outras economias regionais.

"O vino argentino é um honrado embaixador do país no mundo, orgulhando os argentinos, que bebem no mercado doméstico os mesmos vinhos que se exportam e que prestigiam o país em todos os continentes", disse ainda Cristina Kirchner.

Além disso, salientou que o vinho integra a cesta básica de todos os setores sócio-econômicos do país. Na solenidade estiveram presentes os governadores das províncias vitivinícolas de Mendoza, San Juan, La Rioja, Salta e Neuquén e os proprietários de vinícolas históricas tais como Bianchi, Pulenta, Canale, Crotto e Grafigna.

Atualmente a Argentina tem 229 mil hectares de vinhedos e mais de 1.000 vinícolas em funcionamento. Nos anos década de 90 realizou uma reconversão vitivinícola, com a plantação de varietais de alta qualidade enológica, e incorporou tecnologia em todas as etapas de produção, qualificando também a mão-de-obra.
Vinhedo em Mendoza/Corporación Vitivinícola Argentina/divulgação

O país comercializa 1,3 bilhão de litros de vinho por ano, o que representa 5% do mercado mundial de vinhos. O faturamento alcança 2,6 bilhões de dólares, dos quais 77% são gerados no mercado interno e 23% por exportações, segundo dados do economista Guillermo Banfi, citado pelo informativo on line Area del vino, de Mendoza.

Estados Unidos e Canadá são os destinos de mais de 50% das exportações argentinas. Entre os maiores exportadores do mundo, o país está em 9º lugar.  No ranking mundial do consumo, a Argentina ocupa o 7º lugar, com 30 litros anuais por pessoa.


"UM VINHO, MIL FALAS" -  CAMPANHA PARA RECONQUISTAR ESPAÇO PERDIDO


"Un vino, mil charlas" é o slogan da campanha publicitária 2010-2011 lançada na Argentina para promover o consumo interno de vinho. Foram produzidos 12 comerciais de 50 segundos para TV e Internet.

A produção mostra um almoço em família, em que participam diversos personagens, falando sobre  assuntos da vida cotidiana. O inusitado é que o idioma utilizado na conversa é o esperanto, com legendas em espanhol.

Cada filmete apresenta o mesmo áudio, porém legendas diferentes, constituindo-se assim os vários temas. As imagens se encerram com os dizeres  da plataforma publicitária "Vinho Argentino. Um bom vinho" e, ao fim,  "Declarado bebida nacional".

Corporación Vitivinícola Argentina/divulgação

A idéia, segundo o diretor publicitário Carlos Perez, da agência BBDO Argentina, citado em Area del Vino,  é mostrar que, com vinho à mesa, podem nascer mil conversas. "É a única bebida alcoólica que tem essa propriedade. Outras geram euforia e gritos, mas o vinho convida a compartilhar e conversar".

O objetivo da campanha é promover o consumo interno de vinho na Argentina e recuperar o mercado perdido para a cerveja. Até 1967, os argentinos consumiam 80 litros per capita de vinho e apenas 10 de cerveja. A partir de  2003, os dados sobre o consumo mostraram uma inversão, a cerveja chegando a 35 litros per capita e o vinho ficando em 30 litros.

Cenas da produção/Corporación Vitivinícola Argentina/divulgação

Esta é a quarta campanha lançada desde 2005 pelo Fundo Vitivinícola de Mendoza. Nesta produção, a escolha por cenas atuais e cotidianas busca comunicar os valores do vinho, em todas gamas e variedades, com cenas simples e familiares,  afastando a idéia de elitismo.

Link para um dos filmes: http://www.youtube.com/watch?v=b-XI_CeoS3U



7 de nov. de 2010

FLORAÇÃO: A NATUREZA SE RENOVA EM FORÇA E CORES


  Na floração de outubro, a promessa da videira nos vinhedos da Serra.

 


















Brotação vigorosa, frutificação excelente



No asfalto,  uma explosão de cores em novembro


  Guapuruvu espeta suas flores para o céu

                          Elegância vegetal  na paisagem urbana de Porto Alegre 
                                               








Cachopas do guapuruvu e  flores roxas do delicado jacarandá




24 de out. de 2010

Veja os espumantes e vinhos com Indicação de Procedência de Pinto Bandeira








O selo de Indicação de Procedência de Pinto Bandeira já faz parte da identidade visual de três espumantes e dois vinhos da área geográfica delimitada, cujo registro foi recentemente aprovado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).













A Vinícola Valmarino recebeu o selo para o espumante Valmarino Brut, safra 2009 e para os vinhos Valmarino XIII  Cabernet Franc 2008 e Valmarino Merlot 2009.












A Vinícola Don Giovanni, fundada em 1984, teve chancelado o seu espumante Don Giovanni Brut, safra 2008.

















E a Vinícola Geisse, uma das mais antigas da região (foi criada em 1976) conquistou o selo para o espumante Cave Geisse Brut safra 2008.












A permissão para utilizar o selo é concedida pelo Conselho Regulador da Indicação de Procedência, em conformidade com regulamentos que envolvem produtos e variedades de uvas autorizados, padrões de identidade e qualidade e normas de controle das vinícolas, vinhedos e vinhos.

Assim, por exemplo, só poderão ostentar o selo os espumantes elaborados pelo método tradicional - champenoise -no qual a segunda fermentação ocorre nas garrafas. Da mesma forma, os vinhos chancelados serão elaborados exclusivamente com as variedades de uva autorizadas, cuja procedência será de 85% a 100% da área geográfica delimitada.

8 de out. de 2010

MELHORES VINHOS GAÚCHOS DA SAFRA 2010 ESTÃO MENOS ALCÓOLICOS


A 18ª Avaliação Nacional de Vinhos Safra 2010, realizada em setembro em Bento Gonçalves, mostrou que, graças a um problema climático verificado no período de colheita, os vinhos elaborados no Rio Grande do Sul em 2010 estão menos alcoólicos. Para alguns comentaristas presentes ao evento, isso é um fato a ser saudado positivamente.

Os 16 vinhos mais representativos da safra 2010 foram revelados no evento,recebendo notas dos comentaristas brasileiros e estrangeiros convidados para avaliar e traduzir num escore os descritores relacionados ao aspecto, olfato e paladar.

Todo o processo foi acompanhado pelos mais de 750 participantes inscritos no evento, que também puderam degustar e dar nota aos vinhos.

A seleção de amostras apresentou graus alcólicos que variaram entre 12,5º e 13,7º (tintos) e entre 11º e 12º (brancos). Os comentaristas deram notas entre 84 e 93 (tintos) e entre 74 e 89 (brancos). As mais altas notas foram atribuídas a dois vinhos Cabernet Sauvignon,das vinícolas Almaunica (Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves) e Santo Emílio(Lajes/Urupema, em Santa Catarina.

Conforme estudo da Embrapa distribuído aos participantes do evento, a safra 2010 foi prejudicada pelo excesso de chuvas e dias nublados verificados nos meses de janeiro e fevereiro, que não favoreceram a plena maturação. A  qualidade das uvas, então, dependeu do nível tecnológico empregado nos vinhedos - manejo, tratos culturais e decisão da época de colheita. 

O jornalista/comentarista Artur Azevedo, da ABS-SP, mostrou-se agradavelmente surpreso com os menores graus alcóolicos dos vinhos, que resultaram em vinhos mais elegantes, na sua opinião, e de modo geral, representando menores riscos para a saúde.


Outro comentarista, Michel Whiteside, jornalista da Inglaterra, observou que "a tendência para o futuro é o consumo de vinhos mais leves, frescos e fáceis de beber" e que o Brasil está se posicionando muito bem nesse tipo de vinho.

Eduardo Russo, jornalista e publicitário que também participou como comentarista no painel, manifestou sua satisfação em encontrar nesta safra "vinhos com níveis de álcool tão sociáveis e tão elegantes". Russo ainda sugeriu para as próximas avaliações a criação de uma categoria vinhos de produtores artesanais, que utilizam leveduras indígenas na sua pequena produção,tais como Bettu, Daniele e Barichello.


Na mesma linha,o espanhol de Rioja, Luis Vicente Elias Pastor,especialista em cultura do vinho,exortou os produtores brasileiros a "fazer vinhos da terra, vinhos coerentes com a terra" e não tentar reproduzir padrões de outras regiões do mundo.

Coincidentemente, o professor Luis Antenor Rizzon, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa, um dos homenageados no evento, também lembrou que "o vinho é uma bebida distinta, que tem identidade com a cultura, o lugar, a história e a técnica de produção local". Portanto, acrescentou, "quando se vende vinho, está se vendendo a terra, o lugar, a gente", o que exige que "se busque a identidade, a tipicidade, por meio de definições enológicas para a região".


A edição 2010 da Avaliação Nacional de Vinhos, promovida pela Associação Brasileira de Enologia (ABE), teve a participação de 55 vinícolas, dos estados do Rio Grande do Sul (231 vinhos), Santa Catarina (13), Paraná (1), Bahia (3),São Paulo (2),Pernambuco (6) e Minas Gerais (4). Desse total foram selecionadas amostras de 30 empresas, donde saíram os 16 vinhos mais representativos da safra. A degustação de seleção das amostras foi realizada por 87 enólogos de todo o Brasil, em três grupos de 29 profissionais,  no período de 16 de agosto a 3 de setembro.

VINHOS SELECIONADOS - SAFRA 2010

CATEGORIA
VARIEDADE
EMPRESA
Vinho Base para Espumante
Chardonnay
Domno do Brasil (RS)
Vinho Base para Espumante
Chardonnay/Pinot Noir
Salton (RS)
Vinho Branco Seco Fino Não Aromático
Chenin Blanc
Vinícola Ouro Verde (Miolo Wine Group) (BA)
Vinho Branco Seco Fino Não Aromático
Chenin Blanc
Vitivinícola Santa Maria (PE)
Vinho Branco Seco Fino Não Aromático
Chardonnay
Coocenal / Aliança (RS)
Vinho Branco Seco Fino Não Aromático
Chardonnay
Goes e Venturini (RS)
Vinho Branco Seco Fino Aromático
Moscato Giallo
Casa Geraldo (MG)
Vinho Branco Seco Fino Aromático
Moscato R2
Perini (RS)
Vinho Rosé Seco
Cabernet Sauvignon
Almadén (Miolo Wine Group) (RS)
Vinto Tinto Seco Fino Jovem
Pinot Noir
Rasip (Miolo Wine Group) (RS)
Vinto Tinto Seco Fino
Cabernet Franc
Piagentini (RS)
Vinto Tinto Seco Fino
Cabernet Franc
Valmarino (RS)
Vinto Tinto Seco Fino
Marselan
Dom Cândido (RS)
Vinto Tinto Seco Fino
Merlot
Seival State (Miolo Wine Group) (RS)
Vinto Tinto Seco Fino
Cabernet Sauvignon
Santo Emílio (SC)
Vinto Tinto Seco Fino
Cabernet Sauvignon
Almaúnica (RS)


VINHOS E ESPUMANTES DE PINTO BANDEIRA CONQUISTAM INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA

O antigo distrito de Bento Gonçalves, que acaba reconquistar a autonomia política e financeira, com a validação de sua emancipação, recentemente, pelo STF, tem mais uma razão para comemorar. A Associação de Produtores de Vinho de Pinto Bandeira (Asprovinho) recebeu ontem , no Salão Paroquial da comunidade, o selo de Indicação de Procedência (IP), certificação que atesta a qualidade dos produtos elaborados na região.Inicialmente, três espumantes e dois vinhos já poderão utilizar o selo.

A expectativa agora é de que a demanda por vinhos certificados vai crescer, como também o turismo na região.

Pinto Bandeira é a segunda região do Brasil a ter vinhos e espumantes certificados, a primeira é o Vale dos Vinhedos,  no município de Bento Gonçalves, que obteve o selo em 2002. A Indicação de Procedência é uma certificação concedida pelo Instituto Nacional de Produção Industrial (INPI) com base na legislação da propriedade industrial, que reconhece as características diferenciais da região e os padrões de qualidade dos produtos certificados. 

O presidente da Asprovinho, enólogo Luciano Vian, destacou o trabalho de aprimoramento realizado ao longo de seis anos que permitiu a conquista da certificação dos vinhos de montanha, tributando-o à união dos associados e ao apoio dos parceiros. A publicação da concessão da IP ocorreu no dia 13 de julho de 2010, após dois anos de oficialização do pedido.

Conforme nota da Embrapa Uva e Vinho, a Indicação de  Procedência é uma garantia que assegura a origem e padrões de qualidade dos vinhos certificados elaborados pelas vinícolas da Associação dos Produtores de Vinhos de Pinto Bandeira (Asprovinho), detentora da chancela  (Cave Geisse, Cooperativa Pompéia, Cooperativa Vinícola Aurora Unidade Pinto Bandeira, Don Giovanni, Vinícola Valmarino e Terraças).

Os vinhos e espumantes  devem seguir protocolos de produção específicos estabelecidos no Regulamento de Uso da Indicação de Procedência, que incluem variedades e formas de cultivo, além de padrões de qualidade química e organoléptica dos vinhos. Todos os procedimentos possuem controle para garantir a rastreabilidade da produção, informa a Embrapa Uva e Vinho, que coordenou o processo, desde o início em 2004, em conjunto com a Asprovinho, Embrapa Clima Temperado, Universidade de Caxias do Sul (UCS),  Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Sebrae e Ibravin..

Segundo o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Mauro Zanus, “os vinhos de Pinto Bandeira apresentam as características dos vinhos da Serra Gaúcha, mas com um diferencial que garante uma tipicidade própria: a altitude. Valorizam um território delimitado, onde o ciclo de maturação das uvas é mais tardio, o que permite a produção de vinhos particulares, com especial aptidão para os espumantes”.

12 de set. de 2010

Atlas francês mostra rota do Vale dos Vinhedos

Mal entrou em venda em julho último, o "Atlas Mondial des Vins", dos renomados geógrafos franceses Raphaël Schirmer e Hélène Velasco-Graciet, foi aclamado como uma obra de referência para quem se interessa pelo mundo dos vinhos.

A riqueza do livro de 80 páginas está em mesclar texto, e especialmente mapas e infográficos em profusão, o que permite uma ampla visão do tema, a começar dos primeiros registros históricos do vinho até a complexa realidade atual.

Numa perspectiva histórica, o Atlas mostra que o vinho acompanhou a expansão das civilizações pelas regiões mediterrâneas, desde cerca de 5 mil anos antes de Cristo. E que, ao disseminar-se, permitiu a construção da hegemonia européia e o estabelecimento dos primeiros critérios de qualidade de produção, já no século XX, por meio das denominações de origem.

Um grande espaço da obra é reservado para as questões da realidade atual.  Como, por exemplo,  pelos ventos da globalização, a nova configuração mundial do vinho afrontou a dominação européia,  determinou a mundialização dos vinhedos e o crescimento da produção dos vinhos dos novos países  (vinhos do Novo Mundo). Os geógrafos enfocam as mudanças  que influenciam os atores da produção e  o consumo e detalham as novas dinâmicas geográficas, sociais e econômicas. É o fim de uma ordem consagrada? A pergunta está na capa do livro.


        Rota do Vale dos Vinhedos


Fenômeno do século XX, o vinho tornou-se também pretexto para uma experiência turística. Em duas páginas sobre o enoturismo, o livro mostra, como exemplo, uma rota de vinhos no Brasil.

Embora não esteja nominado oficialmente, a imagem retrata o Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, no estado do Rio Grande do Sul, com pontos vermelhos indicando as vinícolas e verdes, a infraestrutura hoteleira. Nas mesmas páginas, os geógrafos também destacam rotas do vinho na Espanha, França (Alsacia) e Itália (Toscana).

7 de set. de 2010


UM MAR DE VINHOS NAS PRATELEIRAS DOS SUPERMERCADOS 

 


Nunca houve tanta oferta de vinho nos supermercados brasileiros como neste ano de 2010.Há um "mar" de vinhos argentinos e chilenos nas prateleiras, disputando a preferência dos consumidores. A produção brasileira não ficou para trás e a listagem dos nacionais também se ampliou sensivelmente.

É tanto vinho que sua apresentação desbordou as tradicionais áreas delimitadas a essa bebida. Nos supermercados maiores, novas ilhas de vinho surgiram nos corredores, como que sugerindo seu consumo em harmonização com alimentos dispostos em setores próximos, como as boutiques de carnes, peixaria, fiambres e padaria.

As grandes redes de supermercados também passaram a importar diretamente algumas marcas notórias, para não ficar na dependência de outras importadoras. Parece que o anúncio da obrigatoriedade do selo fiscal, gestado pela indústria de vinhos brasileira e a Receita Federal, gerou essa contramanobra do varejo. A verdade é que há muito vinho argentino e chileno, não apenas para 2010, como também para 2011, quando começa a valer a exigência do selo para novas importações. Mas até o fim 2011, o comércio poderá  vender estoques de vinho importado anteriormente sem o selo.

Salta aos olhos que o consumo de vinho está se elevando sensivelmente, especialmente nos estados do sul e Sudeste. No Sul, o frio do inverno ajuda essa tendência. Em todo o país, a elevação da renda de amplas camadas da população também está fazendo com que se interessem pelo vinho.


Os novos consumidores brasileiros estão entrando no mundo do vinho pela mão de argentinos e chilenos
Os preços dos importados também são determinantes. Há uma grande quantidade e variedade de argentinos e chilenos ofertada a preços entre R$15,00 e R$30,00, cujas garrafas não param nas prateleiras. São vinhos que não podem ser classificados de baixa qualidade, ao contrário do que dizem alguns dirigentes de entidades da indústria brasileira.

Esses vinhos seguem um padrão de consumo globalizado. Fáceis de beber ou "redondos", taninos suaves, frutados, cores intensas - os tintos, a grande maioria em oferta. Agradam a quase todo mundo. Maciçamente varietais Cabernet Sauvignon, Malbec, Carmenère. Em menor posição, Merlot, Sirah, raros Pinot Noir. Entre os brancos, que não são muitos, predomina Chardonnay,  alguns Torrontés e raros Sauvignon Blanc.

Pela mão dos argentinos e chilenos, uma geração nova que busca algum tipo de experência hedonística ou, quem sabe, status por meio do vinho, vai fazendo sua introdução e seu aprendizado no mundo dos varietais.

Pena, porque está sendo habituada  a um estilo de vinhos às vezes muito pesados, a maioria tendentes ao suave, seja pelo açúcar residual, seja pela alta graduação alcoólica, que aumenta essa sensação de doçura.

Uma rápida verificação nos rótulos permite constatar que a maioria desses vinhos tem volumes alcoólicos absurdamente altos, entre 14 e 14,5 º e até 15º GL.

Grande parte dos consumidores nem está atenta a isso.No momento em que cresce o interesse, o vinho corrente mais sedutor tem cerca de 30% a  mais de álcool do que era habitual até dez anos atrás, quando a média do que se encontrava no mercado oscilava entre 12 e 13º GL.

19 de ago. de 2010

Por que não a transparência nos rótulos ? (2)

 No afã de ampliar suas vendas, a indústria mundial de vinhos  modelou  um tipo de vinho para consumo de massa, fácil de beber, e depois criou um factóide, uma lenda de marketing, apresentando esse tipo de vinho como aquele que os consumidores desejam. Vinhos de produção controlada, de alta escala, uniformes, de venda induzida pela propaganda e retorno rápido.

Isso começou nos Estados Unidos e Austrália, alcançou países europeus, depois Argentina e Chile e chegou também ao "Brazil".
Esses vinhos tem uma boa cor, textura tânica e são agradáveis de beber, isto é, tem pouca acidez - são "docinhos".

Os mercados brasileiros estão inundados desses vinhos, vindos da Argentina e do Chile, mas também produzidos no Brasil, seguindo a tendência mundial. É o caso da maioria dos "reservas" e "reservados" chilenos e argentinos.

Grande parte são vinhos demi-sec ou meio-secos, portanto vinhos com açúcar residual que pode ir de 5,1 gramas até 20 gramas de açúcar por litro (pela legislação brasileira), mas você só vai descobrir que é meio-seco se ler o contra-rótulo com lentes de aumento.  Ou não vai descobrir, porque a informação foi omitida, fato muito comum. O rótulo principal vai indicar apenas "vinho fino tinto", por exemplo.

Assim é o "Reservado" da chilena Concha y Toro, na faixa dos R$16,00. O contra-rótulo, em letras microscópicas, corpo tamanho 5 ou 6 vai informar, lá pela terceira ou quarta linha, em meio a uma sequência de importadores do produto em vários países da América Latina, que é um vinho meio-seco.Mas só descobre quem lançar mão de uma lupa. Até o próprio Concha y Toro, varietal Pinot Noir, um vinho que beira os R$30,00 é um meio-seco, está lá no contra-rótulo.


Da mesma forma o vinho argentino Etchard Privado, varietal Cabernet Sauvignon, safra 2009, cerca de R$18,00 a garrafa, foi vendido em uma rede local de supermercados (Rio Grande do Sul), inicialmente sem referência, até que nos mês em curso apareceu com uma pequena etiqueta adesiva no contra-rótulo, indicando tratar-se de um  demi-sec.

Muitos vinhos brasileiros de preço médio também abriram mão da acidez, restando "docinhos", fáceis de beber, para acompanhar a concorrência chileno-argentina. Parece que as últimas colheitas tem sido feitas quando as uvas ultrapassaram o grau máximo de maturação, gerando vinhos pesados, quase sem acidez. Ou...Embora não se saiba como, ainda se enquadram na categoria secos.
 
Essa realidade de mercado não ajuda a  criação de uma cultura do vinho no Brasil. Uma educação para o consumo de vinho se faz com informação correta em todos os níveis, especialmente no rótulo do produto.



16 de ago. de 2010

  
Depois do selo fiscal, por que não a transparência nos rótulos?


O selo fiscal, a ser implementado até novembro de 2010, saudado pela mídia corrente e pelos dirigentes da indústria vinícola como garantidor de qualidade do vinho brasileiro, poderia ser seguido de outra iniciativa já reclamada por enófilos no primeiro mundo: a transparência das informações contidas nos rótulos dos vinhos, a qual, esta sim, poderia dar mais segurança aos consumidores.

Nos Estados Unidos, o conhecido cronista de vinhos Matt Kramer, autor de livros emblemáticos sobre o assunto e colunista da revista Wine Spectator, lançou no começo de maio mais uma de suas campanhas, na série Manifesto 2010.  "Tell us the truth" ou "digam-nos a verdade", é o desafio que lança aos produtores de vinho estadunidenses.

Lá, a produção massiva, os avanços tecnológicos e os permissivos legais resultam em práticas admitidas porém não declaradas, tais como:
  • acréscimo de água para reduzir o alto teor alcóolico de vinhos decorrentes de uvas colhidas em sobrematuridade; 
  • concentração do mosto (retirada de água por processos mecânicos) em colheitas diluídas por excesso de chuvas, por exemplo; 
  • rebaixamento do grau alcóolico (retirada de álcool por processos mecânicos, tais como osmose inversa ou cones de filtração); 
  • acréscimo de aditivos para melhorar a cor ou aromas dos vinhos; melhoria da acidez, com adição de ácido cítrico, málico ou tartárico, para compensar vinhos de colheitas sobremaduras que rebaixam a acidez; e adições de taninos.
Kramer também demanda que os rótulos contenham informações tais como a quantidade real de acúcar residual contida no vinho. A legislação brasileira prevê que um vinho para ser considerado seco deve ter no máximo 5 gramas de açúcar por litro. No entanto, fica-se em dúvida, diante de vinhos finos ditos secos "tão facilzinhos de beber" encontrados em lojas e grande distribuição.

Uma rápida análise dos rótulos e contra-rótulos dos vinhos finos brasileiros encontrados nas prateleiras dos supermercados e casas de vinhos mostra que, além de descrições das características organolépticas do produto e de sugestões de acompanhamento e consumo,  pouca ou nenhuma informação é acregada ao mínimo exigido pela legislação.

Uma exceção é o caso da vinícola Don Abel, do Rio Grande do Sul,  que imprimiu nos rótulos dos seus vinhos premium carimbos enunciadores com as expressões: "sem passagem pelo carvalho" e "sem adição de açúcar - sem chaptalização". Isso é realmente um progresso para expansão de uma verdadeira cultura do vinho no Brasil.


Aliás, as referências à "passagem pelo carvalho" podem permitir conclusões duvidosas. O que isso quer dizer? Que lascas, ripas ou pó de carvalho foram colocados nos tanques onde fermentou ou repousou o vinho antes de ser engarrafado? Ou que o vinho realmente estagiou algum tempo em verdadeiras barricas de carvalho? Essa expressão camufla a realidade. O consumidor é  levado a acreditar que está diante de um vinho superior, que vale a pena comprar, pois teria agregado uma qualidade que somente a barrica confere.  Não é educativo, muito menos honesto.

Além disso, o estágio em barricas de carvalho não indica necessariamente qualidade do vinho. Indica apenas um estilo  de vinho. Os consumidores dos Estados Unidos, por exemplo, gostam de vinhos com fortes traços dessa madeira. Um novo estilo mundial de consumo vem se afastando desse modelo.


22 de fev. de 2010

NEGÓCIOS FRAUDULENTOS NO MUNDO DO VINHO




De como o filme Sideways, ao fazer crescer o consumo de Pinot Noir, nos Estados Unidos, “inspirou” a articulação de uma fraude


No dia 18 de fevereiro, o tribunal correcional * de Carcassone, região de Languedoc-Roussillon, no sudoeste da França, condenou a penas de prisão de 1 a 6 meses e multas de milhares de euros, 12 administradores de empresas de comércio de vinhos, negociantes, produtores e cooperativas vinícolas, responsáveis por uma das maiores fraudes que se tem conhecimento recente no mundo do vinho. Segundo o jornal Midi Libre on line, de Montpellier, cerca de 135 mil hectolitros de vinho regional comum a granel – o equivalente a 18 milhões de garrafas – foram vendidos entre 2006 e 2008 a empresas norte-americanas como sendo do varietal Pinot Noir.

Entre as empresas que receberam o falso Pinot estão E.& J. Gallo, maior produtora/importadora de vinhos dos Estados Unidos, que vende o varietal francês sob a marca Red Bicycle. Acredita-se também que e a número um mundial do setor, Constelation Brands, que controla, entre outras, a famosa marca de vinhos Mondavi, da Califórnia, também tenha recebido parte do vinho fraudado, pois está na carteira de clientes da empresa Cave de Sieurs d’Arques, de Limoux, exportadora final do falso Pinot.


Segundo o juiz relator do processo, a fraude propiciou ganhos ilícitos de cerca de 7 milhões de euros e, por sua amplitude, constitui um prejuízo severo para a imagem dos vinhos do Languedoc, para os quais os Estados Unidos são um mercado importante, noticiou o jornal regional on line L’Indépendant. As condenações incluem penas de 1 à 6 meses de prisão (com sursis) e multas de 1.500 à 180.000 euros. Uma das principais empresas envolvidas, Cave Sieurs d’Arques,  já apelou da decisão, nesta semana.

A fraude foi denunciada no início de 2009, mas teria começado em 2005. De acordo com parte do relatório de 45 páginas do processo, disponibilizado pelo L’Indépendant, a descoberta ocorreu durante uma inspeção de rotina dos agentes regionais da Direção Geral da Concorrência, Consumo e Repressão de Fraudes, subordinada ao Ministério da Economia e Indústria francês, que faziam o levantamento nacional para o estudo do mercado dos vinhos varietais.

Em uma das empresas de comércio de vinhos inspecionadas, em Carcassone, eles tiveram uma surpresa: constataram que o volume do varietal Pinot Noir comercializado num dado período correspondia, naquela única empresa, ao volume da produção total anual desse varietal em toda região do Languedoc Roussillon. Em 2006, a empresa teria comercializado 93 % de todo o vinho Pinot Noir produzido na região e, em 2007, o total chegaria a 132%! Observe-se que a cultura desse varietal é marginal na região, onde preponderam outros varietais tintos, tais como carignan, grenache, syrah, cinsault, mourvèdre e muscardin. Por outro lado, o preço pago por essa empresa a seus fornecedores era sensivelmente inferior à média de preço do varietal Pinot Noir registrada pelo escritório nacional da cadeia de produção de uvas, frutas e hortaliças da França (Viniflhor), mas bem maior do que o preço do vinho regional comum, oriundo de assemblage de outros varietais. 

Segundo os intermediários das vendas de falso Pinot, o interesse dos clientes estadunidenses por esse varietal se deu pelo aumento do consumo conseqüente à exibição de um filme, em cuja trama romanceada, um personagem exaltava as qualidades do varietal Pinot Noir (evidentemente, Sideways,lançado em 2004). Bastava que as partidas exportadas fossem identificadas como Pinot. Para encobrir a fraude os comerciantes de vinho mantiveram registros em duplicidade. Nas notas arquivadas nas empresas, constava a venda de vinho regional comum. Nas notas de exportação, venda de Pinot. Durante o inquérito judicial, eles argumentaram que para o mercado dos Estados Unidos, o termo Pinot não passa de uma referência comercial, e que o essencial era que as qualidades organolépticas do vinho correspondiam às amostras pré-selecionadas pelos compradores. O jornal Midi Libre informa que o vinho objeto da fraude era dos varietais Merlot e Syrah.

Personalidades do primeiro plano vitícola da região do Languedoc Roussillon estão no rol dos condenados, como o presidente e o diretor da Cave Sieurs d'Arques, de Limoux, que representava o último elo do negócio, envolvendo dirigentes de oito vinícolas nos departamentos de Aude e de Hérault, tais como Vignobles Maurel, Fabrezan Viticulture, caves cooperativas de Canet d'Aude e de Barbaira, Cooperativa e Sociedade Comercial de Montblanc, Cave Cooperativa de Pignan, Sociedade Clairiège de Nissan-les-Enserune e a Cave Cooperativa de Cournonterral. As vinícolas forneciam sua produção à empresa comerciante de vinhos Ducasse, em Carcassonne, cujo diretor foi considerado verdadeiro articulador do esquema. Essa última revendia o falso Pinot à Cave Sieurs d'Arques que o exportava.

Nos Estados Unidos, segundo despacho da Agência France Presse, citado por L’Indépendant, um comunicado da E.&J. Gallo, manifesta que a empresa ficou profundamente decepcionada com a condenação da Cave des Sieurs d'Arques. Em atenção aos seus consumidores, Gallo informou que o caso não estava relacionado com sanidade ou segurança alimentar dos vinhos, que o Pinot em questão era das safras 2006 e anteriores e que esses vinhos não estão mais à venda. Acrescentou ainda que as quantidades compradas da empresa Cave Sieurs d’Arques representam apenas 20% do total considerado fraudado. A E.&J. Gallo não integrou a demanda judicial.

* Na França, o Tribunal Correcional é uma câmara colegiada que julga delitos criminais, fazendo parte do Tribunal de Grande Instância, encarregado das matérias cíveis.


Fontes: L'Indépendant; La Depeche.fr; Midilibre.com; www.oenologie.fr